Pego papel e caneta,
Carregado de emoção
Para escrever uma carta
Com rimas do meu sertão
Endereçada a uma ingrata
Que roubou meu coração.
Ingrata estes meus versos
São só para lhe dizer
Que se sua pretensão
Era me fazer sofrer
Meu sofrimento é intenso
Dói muito meu padecer.
Sentindo a sua falta
Perambulo pela rua
Em cada vulto que encontro
Eu vejo a face sua
E choro desesperado
Na companhia da lua.
Retornado ao meu quarto
Entrego-me ao desespero
Fazendo do pensamento
O meu fiel conselheiro
Sentindo a sua falta
Abraço seu travesseiro.
Depois de muito chorar
Faço do chão meu divã
Dormindo sonho consigo
Quando acordo de manhã
Ainda trago na boca
O gosto de seu baton.
Eu daria a minha vida
Pra este sofrer ter fim
Chorando eu peço aos santos
Que tenham pena de mim
E vou tentar lhe encontrar
Entre as flores do Jardim.
Na solidão do jardim
O vento trás seu perfume
Uma flor em pleno viço
Sua beleza resume
E das abelhas que sugam
Tal flor, eu sinto ciúme.
Então afasto as abelhas
Tentando a flor beijar
Lembrando de seus afagos
Ponho-me tristonho a chorar
Lamentando a triste sina
De quem nasceu para amar.
O vento sopra macio
Com suave mansidão
De Leva toca meu rosto
Fazendo meu coração
Confuso pensar que é
O toque de sua mão.
Já não tenho mais assunto
Estou de planto banhado
Porque sei que é triste a sina
De um homem apaixonado
Que dedicou sua vida
Para amar sem ser amado.
E terminando esta carta
Escrita com emoção
Grafada com minhas lágrimas
No papel da solidão
Deixo para quem amei
Um beijo no coração.
Sou nordestino de fato Nunca fui nordestinado, Sou poeta de cordel, Só faço verso rimado; Rimo a vida com o sonho E o sonho com o desejado. Rimo dor com agonia, Rimo paz com armonia, Desejo com euforia, E busca com o que quero; Sou pouco no conteúdo, Um pouco já fiz de tudo, Não sou nincho, nem graúdo, Mas o que sou, eu venero. Não sou praga de viúva, Nem também prenda do céu, Não sou de se jogar fora, Mas também não sou um mel, Sou poeta nordentino, Eu sou o Nildo Cordel.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
CORDEL DO NILDO CORDEL - O TERRORISMO DE ESTADO
Hoje eu estou mais triste
E muito aperreado
Ao ver que com gente Inocente
Um barco foi bombardeado
Prova que Israel pratica
Um terrorismo de estado.
Antes já me doeu muito
Ao ver uma imagem forte
De uma foto com uma grávida
Que não teve muita sorte
Com uma frase que dizia
“Um só tiro, duas mortes”.
Agora como num jogo
Fez uma falta na área,
O Exercito Israelense
Faz execução sumária
Atacando um navio
De ajuda humanitária.
Dona ONU isto é PENALTY
É falta para expulsão
Não se pode deixar
Tal fato sem punição
O conselho permanente
Tem que aplicar sanção.
Não pode haver no mundo
Dois pesos e duas medidas
Assim como outros paises
Tem punições desmedidas
Israel não tem direito
De atentar contra as vidas.
Não estou nestes meus versos
Esquecendo do passado
Mas não podemos por isso
Num ato dissimulado
Deixar que um erro ateste
Outro erro praticado.
Meus versos são um repudio
A toda e qualquer ação
Que vá de contra ao direito
Soberano da nação
Independente da raça
Do credo ou religião.
Não venham agora para o mundo
Com uma resposta vaga
Não posso eu concordar
Com esta terrível saga
Não é certo que terrorismo
Com terrorismo se paga.
Está fito o meu protesto
Neste meu cordel rimado
E para que não esqueçam
Digo em verso sublinhado
Israel está fazendo
Um terrorismo de estado.
E muito aperreado
Ao ver que com gente Inocente
Um barco foi bombardeado
Prova que Israel pratica
Um terrorismo de estado.
Antes já me doeu muito
Ao ver uma imagem forte
De uma foto com uma grávida
Que não teve muita sorte
Com uma frase que dizia
“Um só tiro, duas mortes”.
Agora como num jogo
Fez uma falta na área,
O Exercito Israelense
Faz execução sumária
Atacando um navio
De ajuda humanitária.
Dona ONU isto é PENALTY
É falta para expulsão
Não se pode deixar
Tal fato sem punição
O conselho permanente
Tem que aplicar sanção.
Não pode haver no mundo
Dois pesos e duas medidas
Assim como outros paises
Tem punições desmedidas
Israel não tem direito
De atentar contra as vidas.
Não estou nestes meus versos
Esquecendo do passado
Mas não podemos por isso
Num ato dissimulado
Deixar que um erro ateste
Outro erro praticado.
Meus versos são um repudio
A toda e qualquer ação
Que vá de contra ao direito
Soberano da nação
Independente da raça
Do credo ou religião.
Não venham agora para o mundo
Com uma resposta vaga
Não posso eu concordar
Com esta terrível saga
Não é certo que terrorismo
Com terrorismo se paga.
Está fito o meu protesto
Neste meu cordel rimado
E para que não esqueçam
Digo em verso sublinhado
Israel está fazendo
Um terrorismo de estado.
sábado, 15 de maio de 2010
SÃO PAULO, UMA NOVA RIO...
Este poema foi escrito em 30/05/09, por ocasião de protestos de moradores de uma favela na ZL de São Poulo, por causa do assassinato de um suspeito pela polícia militar.
Camaradas de jornada
Meus leitores e Blogueiros
Devemos ficar ligeiros
Pra uma nova jornada
Nossa cidade, coitada
Ta vendo o que nunca viu
Parece guerra civil
Eu queria estar brincando
Mas estou presenciando
São Paulo, uma nova Rio.
Primeiro, estão lembrados
Daquela depedração
Que em cuja ocasião
Ficamos paralisados?
Ônibus e trens depedrados
Assustou todo Brasil
Porem ninguém assumiu
E a imprensa esqueceu
Mas São Paulo pareceu
Ser mesmo uma nova Rio.
Que tudo aconteceu
Parece que faz um século
E então naquele espéculo
Nossa São Paulo perdeu
O Governo se elegeu
Prometeu e não cumpriu
A segurança sumiu
E já podemos notar
Que nossa São Paulo estar
Virando uma Nova Rio.
O crime mostrou as caras
Primeiro em Paraisópoles
Deixando nossa Metrópole
Presa num cerco de varas
E isso deixou as claras
Que o crime decidiu
E de vez já assumiu
O comando da cidade
E São Paulo de verdade
É hoje uma Nova Rio.
Eu falo isso por que
São Paulo está sitiada
Há pouco vimos parada
A Marginal Tietê
Dói-me, mas digo a você
O nosso Estado Ruiu
E vítima a cidade se viu
De sua ineficiência
Afirmo com consciência
São Paulo é uma Nova Rio.
Agora na Zona Leste
Mas um foco de maldade
De novo a sociedade
Vê cenas de faroeste
Destes bandidos da peste
Autores de ato vil
Que mancha nosso Brasil
Nos confins do mundo inteiro
Plagia o Rio de Janeiro
São Paulo, a Nova Rio.
Camaradas de jornada
Meus leitores e Blogueiros
Devemos ficar ligeiros
Pra uma nova jornada
Nossa cidade, coitada
Ta vendo o que nunca viu
Parece guerra civil
Eu queria estar brincando
Mas estou presenciando
São Paulo, uma nova Rio.
Primeiro, estão lembrados
Daquela depedração
Que em cuja ocasião
Ficamos paralisados?
Ônibus e trens depedrados
Assustou todo Brasil
Porem ninguém assumiu
E a imprensa esqueceu
Mas São Paulo pareceu
Ser mesmo uma nova Rio.
Que tudo aconteceu
Parece que faz um século
E então naquele espéculo
Nossa São Paulo perdeu
O Governo se elegeu
Prometeu e não cumpriu
A segurança sumiu
E já podemos notar
Que nossa São Paulo estar
Virando uma Nova Rio.
O crime mostrou as caras
Primeiro em Paraisópoles
Deixando nossa Metrópole
Presa num cerco de varas
E isso deixou as claras
Que o crime decidiu
E de vez já assumiu
O comando da cidade
E São Paulo de verdade
É hoje uma Nova Rio.
Eu falo isso por que
São Paulo está sitiada
Há pouco vimos parada
A Marginal Tietê
Dói-me, mas digo a você
O nosso Estado Ruiu
E vítima a cidade se viu
De sua ineficiência
Afirmo com consciência
São Paulo é uma Nova Rio.
Agora na Zona Leste
Mas um foco de maldade
De novo a sociedade
Vê cenas de faroeste
Destes bandidos da peste
Autores de ato vil
Que mancha nosso Brasil
Nos confins do mundo inteiro
Plagia o Rio de Janeiro
São Paulo, a Nova Rio.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
PEÃO POESIA
Quer mesmo saber quem sou,
Pois bem, eu vou lhe falar:
Sou um cidadão comum
Vivo para trabalhar,
Não tenho tempo para ler,
Para escrever, para amar.
Juro, um dia eu quis se eu,
Mas não me deram valor...
Sou mão de obra barata,
Sou um pobre sonhador,
Sou um jovem embrutecido
Que a vida emborrou.
Eu moro lá na favela,
Em um pequeno barraco.
À noite eu e meus filhos
Nos misturamos com trapos
E dividimos um espaço
Do nosso chão com os ratos.
O chão é a minha cama,
Latas vazias, as panelas...
Minha rua é só um beco
Pois eu moro na favela
E só conheço a fartura
Porque assisto ás novelas.
Mas para sua surpresa,
Eu não sei tocar viola,
Nem vou à Praça da Sé
Não tenho tempo e nem hora
A construtora é meu Campus
E a TV minha escola.
Já sei até fazer prédio
Em estilo rococó
Que deve ser inspirado
Na galinha carijó
Ou é coisa importada
Do Sertão do Siridó.
De coração dividido
Vou levando meu destino
Já não tenho identidade
Vivo como um clandestino
No Nordeste eu sou Paulista
Em São Paulo, Nordestino.
Pois bem, eu vou lhe falar:
Sou um cidadão comum
Vivo para trabalhar,
Não tenho tempo para ler,
Para escrever, para amar.
Juro, um dia eu quis se eu,
Mas não me deram valor...
Sou mão de obra barata,
Sou um pobre sonhador,
Sou um jovem embrutecido
Que a vida emborrou.
Eu moro lá na favela,
Em um pequeno barraco.
À noite eu e meus filhos
Nos misturamos com trapos
E dividimos um espaço
Do nosso chão com os ratos.
O chão é a minha cama,
Latas vazias, as panelas...
Minha rua é só um beco
Pois eu moro na favela
E só conheço a fartura
Porque assisto ás novelas.
Mas para sua surpresa,
Eu não sei tocar viola,
Nem vou à Praça da Sé
Não tenho tempo e nem hora
A construtora é meu Campus
E a TV minha escola.
Já sei até fazer prédio
Em estilo rococó
Que deve ser inspirado
Na galinha carijó
Ou é coisa importada
Do Sertão do Siridó.
De coração dividido
Vou levando meu destino
Já não tenho identidade
Vivo como um clandestino
No Nordeste eu sou Paulista
Em São Paulo, Nordestino.
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