Em 1980, com apenas quatorze anos, fui agraciado pela professora Maria Arlete, que entre muito alunos, me escolheu para declamar uma poesia matuta, durante as comemorações das festas juninas do Grupo escolar Carlos Rios, da Vila do Espirito Santo, distrito de São Bento do Una em Pernambuco. A poesia era " Eu e Vicência" cujo autor, apesar de várias pesquisas, não consegui descobrir. Foi um grande sucesso, todo mundo vinha me parabenizar, pedir para declamar de novo, escrevê-la, cantá-la... Foi meu primeiro contato com o grande público, rsrs, estava selado meu casamento com a literatura de cordel. Agora, alguns anos depois, resolvi gravar um video declamando esta poesia e aqui postá-lo para vocês. Espero que gostem. Um grande abraço!
Sou nordestino de fato Nunca fui nordestinado, Sou poeta de cordel, Só faço verso rimado; Rimo a vida com o sonho E o sonho com o desejado. Rimo dor com agonia, Rimo paz com armonia, Desejo com euforia, E busca com o que quero; Sou pouco no conteúdo, Um pouco já fiz de tudo, Não sou nincho, nem graúdo, Mas o que sou, eu venero. Não sou praga de viúva, Nem também prenda do céu, Não sou de se jogar fora, Mas também não sou um mel, Sou poeta nordentino, Eu sou o Nildo Cordel.