Este poema foi escrito em 30/05/09, por ocasião de protestos de moradores de uma favela na ZL de São Poulo, por causa do assassinato de um suspeito pela polícia militar.
Camaradas de jornada
Meus leitores e Blogueiros
Devemos ficar ligeiros
Pra uma nova jornada
Nossa cidade, coitada
Ta vendo o que nunca viu
Parece guerra civil
Eu queria estar brincando
Mas estou presenciando
São Paulo, uma nova Rio.
Primeiro, estão lembrados
Daquela depedração
Que em cuja ocasião
Ficamos paralisados?
Ônibus e trens depedrados
Assustou todo Brasil
Porem ninguém assumiu
E a imprensa esqueceu
Mas São Paulo pareceu
Ser mesmo uma nova Rio.
Que tudo aconteceu
Parece que faz um século
E então naquele espéculo
Nossa São Paulo perdeu
O Governo se elegeu
Prometeu e não cumpriu
A segurança sumiu
E já podemos notar
Que nossa São Paulo estar
Virando uma Nova Rio.
O crime mostrou as caras
Primeiro em Paraisópoles
Deixando nossa Metrópole
Presa num cerco de varas
E isso deixou as claras
Que o crime decidiu
E de vez já assumiu
O comando da cidade
E São Paulo de verdade
É hoje uma Nova Rio.
Eu falo isso por que
São Paulo está sitiada
Há pouco vimos parada
A Marginal Tietê
Dói-me, mas digo a você
O nosso Estado Ruiu
E vítima a cidade se viu
De sua ineficiência
Afirmo com consciência
São Paulo é uma Nova Rio.
Agora na Zona Leste
Mas um foco de maldade
De novo a sociedade
Vê cenas de faroeste
Destes bandidos da peste
Autores de ato vil
Que mancha nosso Brasil
Nos confins do mundo inteiro
Plagia o Rio de Janeiro
São Paulo, a Nova Rio.
Sou nordestino de fato Nunca fui nordestinado, Sou poeta de cordel, Só faço verso rimado; Rimo a vida com o sonho E o sonho com o desejado. Rimo dor com agonia, Rimo paz com armonia, Desejo com euforia, E busca com o que quero; Sou pouco no conteúdo, Um pouco já fiz de tudo, Não sou nincho, nem graúdo, Mas o que sou, eu venero. Não sou praga de viúva, Nem também prenda do céu, Não sou de se jogar fora, Mas também não sou um mel, Sou poeta nordentino, Eu sou o Nildo Cordel.
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